terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

CAPOEIRA CONTEMPORÂNEA

Em 1972, a Capoeira é homologada pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC) como esporte e, em 1974, nasce a Federação Paulista de Capoeira. Em 1992, forma-se a Confederação Brasileira de Capoeira e, finalmente, em 1993, a Associação Brasileira de Capoeira Angola (ABCA). Assim, após milênios de ancestralidade lúdica e poucos séculos de agressividade para a luta, a Capoeira, que desenvolveu variações nas décadas de 20 a 50, com o nascimento da Regional e a sobrevivência da Angola, finalmente se descriminaliza. Consequentemente, se elitiza. Nas décadas de 60 a 90, a fusão e a mutação das capoeiras fazem surgir a 'Contemporânea', e, após breve enfraquecimento, renascem a Angola e a Regional. Entramos no século XXI com um lado da Capoeira ligado à marginalidade cultural e econômica, sendo a Roda de Capoeira um aprendizado de desobediência civil para a vida. Por outro lado, num outro estilo, está cooptada, servindo ao sistema estático da estrutura socioeconômica que mantém as classes, as explorações e a escravidão, divertindo ou competindo nas lutas de vale-tudo, ou ainda nas universidades e espaços militares, servindo ao hierarquismo e ao comodismo. Lembro aqui as palavras de Mestre Lua 'Rasta' da Bahia, "... o capoeirista precisa se respeitar...os mais jovens procurarem se inteirar do que é capoeira, do que é liberdade, do que é militarismo; e a capoeira é antimilitar, a capoeira não tem nada a ver com militarismo..."




Grupo de Capoeira  NAGOAS

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