segunda-feira, 29 de abril de 2019

20:00

CAPOEIRA REGIONAL

Em 1932, um período em que a perseguição à capoeira já não era tão acentuada, mestre Bimba, exímio lutador no ringue e em lutas de rua ilegais, fundou em Salvador a primeira academia de capoeira da história. Bimba, ao analisar o modo como diversos capoeiristas utilizavam suas habilidades para impressionar turistas, acreditava que a capoeira estaria perdendo sua eficiência como arte marcial. Dessa forma, Bimba, com auxílio de seu aluno José Cisnando Lima, enxugou a capoeira, tornando-a mais eficiente para o combate e inseriu alguns movimentos de outras artes marciais, como o batuque. Mestre Bimba também desenvolveu um dos primeiros métodos de treinamento sistemático para a capoeira. Como a palavra capoeira ainda era proibida pelo código Penal, Bimba chamou seu novo estilo de Luta Regional Baiana.


Em 1937, Bimba fundou o centro de Cultura Física e Luta Regional, com alvará da secretaria da Educação, Saúde e Assistência de Salvador. Seu trabalho obteve aceitação social, passando a ensinar para as elites econômicas, políticas, militares e universitárias. Finalmente, em 1940, a capoeira saiu do código Penal brasileiro e deixou definitivamente a ilegalidade. Começou, então, um longo processo de desmarginalização da capoeira.

Em pouco tempo a notoriedade da capoeira de Bimba demonstrou ser um incômodo aos capoeiristas tradicionais, que perdiam espaço e continuavam a ser malvistos. Esta situação desigual começou a mudar com a inauguração do Centro Esportivo de Capoeira Angola, em 1941, por mestre Pastinha. Localizado no Pelourinho, em Salvador, o centro atraía diversos capoeiristas que preferiam manter a capoeira em sua forma mais original possível. Em breve, a notoriedade do centro cunhou em definitivo o termo "capoeira angola" como nome do estilo tradicional de capoeira. O termo não era novo, sendo, já na época do império, a prática da capoeira apelidada, em alguns locais, de "brincar de angola" e diversos outros mestres que não seguiam a linha de Pastinha acabaram adotando-o.

Fonte: Wikipédia

Grupo de Capoeira  NAGOAS
19:00

CAPOEIRA ANGOLA

Capoeira de Angola ou somente Angola é o estilo de capoeira mais próximo de como os negros escravos jogavam a capoeira. Caracterizada por ser mais lenta, porém rápida, movimentos furtivos executados perto do solo, como em cima, ela enfatiza as tradições da capoeira, que em sua raiz está ligada aos rituais afro-brasileiros, caracterizados pelo candomblé. Sua música é cadenciada, orgânica e ritualizada e o correto é estar sempre acompanhada por uma bateria completa de oito instrumentos, chamada de bateria de Angola.

É uma manifestação da cultura popular brasileira onde coexistem aspectos normalmente compreendidos de forma segmentada pela cultura que se fez oficial, como o jogo, a dança, a mímica, a luta e a ancestralidade, unidos de forma coesa, simples e sintética. Possui suas origens em elementos da cultura de várias matizes de povos africanos que foram escravizados e mantidos em cativeiro no Brasil no século XIX, sincretizados com elementos de culturas nativas (povos indígenas) e de origem européia.

História

Desde um início de sua formação até os dias de hoje, a capoeira diferenciou-se em diferentes "estilos", cada um marcado por suas visões próprias, hábitos específicos e interações com a cultura local de cada região. Atualmente, essas diferentes leituras acerca da capoeira estão manifestas através da prática dos diferentes grupos e declaradas em duas principais vertentes: a capoeira de Angola, que possui como referência Mestre Pastinha, e a capoeira regional, que tem como seu principal personagem Mestre Bimba.

A capoeira Angola, diferencia-se da luta regional baiana de Mestre Bimba por possuir maior enfase em características como o jogo, a brincadeira e a busca pela ancestralidade, possuindo em regra movimentos mais lentos, rasteiros e lúdicos. Na "roda de Angola" coexistem diferentes estéticas relativas aos seus diversos grupos e a individualidade de cada "angoleiro", onde o objetivo é a busca intensiva e recíproca pelo "axé", dentro dos fundamentos da arte.

A capoeira Angola não tem uma data definida em que teria sido criada, nem uma pessoa a quem possamos atribuir com certeza a sua criação. Apesar disto, sempre que falamos de capoeira Angola temos o nome de Mestre Pastinha (Vicente Ferreira Pastinha, 1889 - 1981) associado a ela. Pastinha foi um grande defensor da capoeira Angola, divulgando-a e introduzindo-a na sociedade de um modo geral, fazendo, assim, com que a capoeira deixasse de ser vista tão somente como uma luta marginalizada praticada por vândalos e arruaceiros, ao mesmo tempo em que criava a primeira escola de capoeira angola criada no Brasil.

Pastinha defendia arduamente a capoeira Angola, e pretendia, assim, fazer com que esta mantivesse sua força, não perdendo suas principais características. Para isto, divulgou a capoeira até onde pôde e como pode: fez muitas viagens ao exterior, inclusive para África, como principal representante da capoeira. Pastinha também formou muitos alunos, garantindo, assim, o futuro da capoeira angola.

Atualmente, existem algumas associações que representam exclusivamente a capoeira Angola e buscam, principalmente, resgatar as antigas tradições da Angola, já que não só ela, mas a capoeira no geral, evoluiu e hoje em dia apresenta diferenças próprias da renovação das tradições. Graças ao esforço de muitos Mestres e pessoas envolvidas com a capoeira.

Música e canto

O jogo de Angola é acompanhado por uma música mais lenta. Geralmente a música é antecedida por uma ladainha, que é uma espécie de lamento, que quase sempre fala da escravidão e da vida do escravizado

Muitas canções são na forma de pequenas estrofes intercaladas por um refrão, enquanto outras vêm na forma de longas narrativas (ladainhas). As canções de capoeira têm assuntos dos mais variados. Algumas canções são sobre histórias de capoeiristas famosos, outras podem falar do cotidiano de uma lavadeira. Algumas canções são sobre o que está acontecendo na roda de capoeira, outras sobre a vida ou um amor perdido, e outras ainda são alegres e falam de coisas tolas, cantadas apenas para se divertir. Os capoeiristas mudam o estilo das canções freqüentemente de acordo com o ritmo do berimbau. Desta maneira, é na verdade a música que comanda a capoeira, e não só no ritmo mas também no conteúdo. O toque Cavalaria era usado para avisar os integrantes da roda que a polícia estava chegando; por sua vez, a letra é constantemente usada para passar mensagens para um dos capoeiristas, na maioria das vezes de maneira velada e sutil. Os instrumentos são tocados numa linha chamada bateria. O principal instrumento é o berimbau, que é feito de um bastão de madeira envergado por um cabo de aço em forma de arco e uma cabaça usada como caixa de reverberação. O berimbau varia de afinação, podendo ser o Berimbau Gunga (mais grave), Médio (médio) e viola (mais agudo). Os outros instrumentos são: pandeiro, atabaque, caxixi e com menos freqüência o ganzá e o agogo

Bateria de Angola

A capoeira angola também tem orquestra, sendo formada sempre por oito instrumentos posicionados normalmente no seguinte arranjo da esquerda para direita: Iago boquetim

Atabaque
Pandeiro
Berimbau viola
Berimbau médio
Berimbau gunga ou berra-boi
Pandeiro
Reco-reco
Agogô


Toques do berimbau

Os toques do berimbau são:
  • São Bento Grande
  • Angola
  • São Bento Pequeno
Ladainha

O canto (ladainha) é o fundamento dado pelos mestres de antigamente que agora vão passando pelas gerações.

Trajes

Em muitos grupos de capoeira Angola a roupa utilizada para se jogar é composta por chapéu, paletó, calça e sapato, sendo calças e camisas geralmente brancas, embora alguns grupos utilizam outras cores, como o amarelo e o preto que era utilizado na academia de Pastinha.

Antigamente, por uma questão de respeito, não se devia sujar a roupa do adversário.

Jogo de Angola

O jogo de Angola é facilmente identificado: é um jogo cadenciado, mais lento, mas nem por isso deixa de ser uma luta, tem seus momentos de puro perigo, embora essa demonstração de violência sempre ficou intrínseca nas rodas de capoeira.

Grupo de Capoeira  NAGOAS

15:30

MESTRE ELIEL


Mestre Eliel iniciou na capoeira em 02 dezembro de 1976 em Ramos - Rio de Janeiro, com mestre Martins.

Em 1979 veio para Petrópolis onde conheceu Mestre Calunga com quem ministrou aulas na Rua Barão de Tefé no centro da cidade de Petrópolis.

Em 1985 se afastou da capoeira e da Associação Martins, experimentou outras modalidades de lutas, treinou caratê com Lirton Monassa, e posteriormente com Geraldino. Fez defesa pessoal na Academia Serrana, Judo na Academia Kosen, chegando a participar de campeonato sagrando-se vice-campeão.

Em 1995 retorna para capoeira, com autorização de mestre Martins e começa a ministrar aulas de capoeira.

Em 1996 funda a Associação Grupo Capoeira Nagoas, e participa de vários campeonatos e torneios. É a primeira associação de capoeira a ter uma sede própria na cidade. Premiado e elogiado em diversas ocasiões, mestre Eliel é mestre em 2º grau e diretor da Federação de Capoeira Desportiva do Estado do Rio de Janeiro.

Dentre outras atividades coordenou o Programa Segundo Tempo do Governo Federal em Petrópolis e Magé.

12:59

A ORIGEM DO SÍBULO DA REEGIONAL

08:09

PASTINHA REI DA CAPOEIRA

domingo, 21 de abril de 2019

15:27

RECO-RECO

RECO-RECO

Instrumento comumente feito de um gomo de bambu, ou até mesmo uma cabaça alongada, com sulcos e tocado com uma vareta. 
 
Também aparece em construção de metal contendo molas ao invés de sulcos, como pude assistir em roda de mestre Curió. 
 
Acredita-se na sua origem africana, uma vez que sempre esteve ligado às manifestações afro-brasileiras. Atualmente, se mostra presente principalmente no samba, mas também empresta seu ritmo à outros folguetos como o lundu e até mesmo o reggae. 
 
O reco-reco históricamente parece ter sido introduzido na capoeria através do Centro Esportivo de Capoeira Angola de mestre Pastinha. 
 
15:23

CAXIXI

CAXIXI

 
O caxixi é instrumento idiofone do tipo chocalho, de origem africana. É um pequeno cesto de palha trançada, em forma de campânula, pode ter vários tamanhos e ser simples, duplo ou triplo; a abertura é fechada por uma rodela de cabaça. 
 
Tem uma alça no vértice. Possui pedaços de acrílico, arroz ou sementes de Tinquim secas no interior para fazê-lo soar. É usado principalmente como complemento do berimbau. A mão direita que segura a vareta entre o polegar e o indicador, segura também o Caxixi, com o médio e o anular, Desta maneira, cada pancada da vareta sobre a corda é acompanhada pelo som seco e vegetal do Caxixi.
 

15:20

AGOGO

AGOGO

Instrumento musical formado por dois cones metálicos unidos por um arco também de metal, o agogô é outro instrumento muito presente na cultura afro-brasileira. 

Sua entrada no Brasil aconteceu com a chegada dos negros africanos. Inclusive o vocábulo agogô é de origem nagô e significa sino. Assim como no caso do reco-reco, sua aparição inicial nas baterias de capoeira ocorreu, possivelmente, através dos mestres Pastinha e Canjiquinha.
           
Presente em diversas danças e ritmos da cultura popular, sua maior participação é muito comum no samba e nos terreiros, nas cerimônias religiosas afro-brasileiras.
15:16

ATABAQUE

ATABAQUE


Instrumento de origem árabe, que foi introduzido na África por mercadores que entravam no continente através dos países do norte, como o Egito. 

É geralmente feito de madeira de lei como o jacarandá, cedro ou mogno cortada em ripas largas e presas umas às outras com arcos de ferro de diferentes diâmetros que, de baixo para cima dão ao instrumento uma forma cônico-cilíndrica, na parte superior, a mais larga, são colocadas "travas" que prendem um pedaço de couro de boi bem curtido e muito bem esticado. 

É o atabaque que marca o ritmo das batidas do jogo. Juntamente com o pandeiro é ele que acompanha o solo do berimbau. 

15:12

PANDEIRO

PANDEIRO


Instrumento de percussão, de origem indiana que requer considerável técnica para ser tocado. 

Pandeiros podem ter peles de couro ou de plástico. Eles existem em diferentes tamanhos, com os de 10 e 12 polegadas sendo os mais comuns. 

As peles de couro produzem uma qualidade de som melhor, mas apresentam problemas de afinação causados por alterações climáticas, logo as peles de plástico são mais encontradas. 

O pandeiro é segurado por uma das mãos, enquanto a ponta dos dedos, o polegar e a base da outra mão são usados para tocar a pele do lado de cima. 

Os tons abertos e fechados podem ser obtidos através do uso do polegar ou do dedo médio da mão que segura o instrumento. 

O polegar pode abafar a pele do lado de cima, o dedo médio pode abafar o lado de baixo.

Foi introduzido no Brasil pelos portugueses, que o usavam para acompanhar as procissões religiosas que faziam. 

É o som cadenciado do pandeiro que acompanha o som do caxixi do berimbau, dando "molejo" ao som da roda. Ao tocador de pandeiro é permitido executar floreios e viradas para enfeitar a música.


14:49

Ginga

Ginga

É a troca constante de base. Característica da Capoeira que consiste na movimentação de braços e pernas executados pelo capoeirista, em movimento de vai e vem, avanços e recuos, iludindo o adversário e buscando a melhor oportunidade para desferir os golpes e contragolpes.
14:08

Au

14:06

Au Angola

14:05

Cocorinha

Cocorinha

A Cocorinha é um método evasivo, nomeadamente consiste na forma de evitar  pontapés circulares efetuados em curta distância. Neste movimento é necessário que a mão que toca no solo mantenha o equilíbrio, e, tal como em todos os movimentos e "jogo" capoeirista, é necessário manter sempre o contato visual com o adversário
14:03

Rolê

Rolê

O Rolê trata-se de um meio de se movimentar na "Roda", tal como a Ginga e o Au. o ROLÊ pode ser um movimento de fuga ou a preparação para um outro golpe.
14:02

Chapa de Costas

Chapa de Costas

O Chapa de Costas é um movimento de Capoeira Angola, consiste num pontapé, efetuado de costas para o adversário, normalmente de forma a atingir a cabeça ou o tronco do oponente.
14:00

Benção

Benção

O capoeirista em base, uma perna na frente e a outra atrás, procurando atingir o adversário com a perna de trás, com o calcanhar ou a ponta dos pés, sendo que a ponta dos dedos deverão estar voltadas para cima. Também pode ser um golpe ofensivo empurrando o adiversário.

13:57

Ponteira

Ponteira

É muito parecido com a Benção, mas trata-se de fa,cto de um movimento bem diferente, visto que é bem mais rápido e imprevisível. Na Ponteira, o capoeirista não levanta o joelho, levanta a perna num movimento arqueado.

Quem Somos

authorAssociação de Capoeira Nagôas fundada em 1996, com sede em Petrópolis - RJ
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